Um professor Pardal do agro usou a criatividade para inventar uma máquina que otimizou a produção de cera de abelhas. Edson Gomes, apicultor de Firminópolis, interior de Goiás, passou mais de um ano matutando a engenhoca e hoje, transformou a garagem de sua casa em uma agroindústria. Antes da máquina, ele conseguia produzir 300 placas de cera em um dia. Atualmente, são 400 placas por hora.
A máquina criada por Edson esteve na ativa durante todo o período de safra, que terminou em setembro e agora, concentra a colheita e o processamento de mel.
O processo começa com a fermentação do mel em um recipiente especial, que posteriormente é transformado em placas de cera através do uso de gelo. Estas placas são uniformemente cortadas e usadas como base para as abelhas construírem os favos. “Com a própria cera, a abelha não rejeita. Ela apenas puxa e tece a parede”, explicou o apicultor, sobre o processo natural que ocorre após a inserção das placas nos quadros das colmeias.
Antes considerado um resíduo, o material agora é reutilizado graças a um derretedor solar, que transforma a cera excedente em novas placas. Este ciclo de reaproveitamento não apenas aumenta a eficiência da produção de Edson, mas também contribui para a sustentabilidade da prática apícola.
O projeto recebeu suporte significativo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Goiás (Senar Goiás), que acompanhou de perto o desenvolvimento da máquina e ofereceu cursos e assistência técnica e gerencial. "O Senar é muito importante porque ele ajuda a capacitar o produtor", afirmou o presidente do sindicato rural, Cléberson Costa, evidenciando o impacto positivo da instituição na comunidade apícola local.
Com a inovação já estabelecida e uma clientela fixa, Edson agora planeja expandir seus negócios. A invenção não só trouxe orgulho para a cidade de Firminópolis, mas também promete facilitar a vida de muitos apicultores pelo Brasil, proporcionando um exemplo brilhante de inovação no setor agrícola.