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O que pode ter causado o acidente aéreo na Índia? Especialistas explicam

Especialistas explicam o que pode ter causado a maior tragédia aérea da Índia em quase trinta anos. Por que um avião supermoderno, sem histórico de acidentes com mortes, caiu 30 segundos depois de decolar?

O relato do único sobrevivente é uma pista importante. O britânico de origem indiana Vishwash Kumar diz que ouviu um estrondo e, logo depois, o avião começou a cair. O barulho indica que algo pode ter colidido com os motores, como aves.

“Dependendo do tamanho da ave e da condição, ela pode fazer com que o motor pare de uma forma instantânea”, disse o professor de engenharia aeronáutica da USP James Waterhouse.

Foi o que aconteceu em 2009, nos Estados Unidos, em um episódio conhecido como “milagre do Rio Hudson”, que ganhou as telas do cinema.

Seis minutos depois da decolagem, o avião, com 155 pessoas, colidiu com um bando de aves. O piloto pousou no Rio Hudson, em Nova York, e todos sobreviveram.

O que pode ter acontecido?
O avião da Air Índia decolou do Aeroporto Ahmedabad, na Índia, com destino a Londres, às 13h38, no horário local. A aeronave chegou a uma altura de 190 metros e começou a descer. Cerca de 30 segundos após a decolagem, o avião caiu em uma área residencial, há 1,5km do aeroporto. Ele bateu em um alojamento de estudantes de medicina.

A análise dos equipamentos que gravam todos os dados do avião será fundamental para entender a causa da tragédia. No momento, a hipótese mais provável é a colisão com aves, segundo especialistas.

Outra possibilidade é um problema interno do avião, que poderia ter causado pane nos dois motores. Também não se descarta uma falha ou esquecimento no uso dos “flaps”, que são abas das asas que aumentam a sustentação do avião na hora da decolagem.

“Flaps é para você ter controle e velocidades baixas. Se você vai decolar e está sem flap, você não pode decolar. Às vezes, o comprimento da pista que você precisa para decolar sem flap é menor do que o comprimento da pista total”, disse o perito aeronáutico Celso Faria de Souza.

O modelo que caiu na Índia é um dos mais modernos do mundo: o Boeing 787, também chamado de Dreamliner, em tradução livre, “avião dos sonhos”, é considerado um sucesso de vendas, mas apresentou várias falhas depois do lançamento, em 2011. Segundo a fabricante, os problemas foram corrigidos.

É a primeira vez que o modelo se envolve em um acidente com mortes. No ano passado, um engenheiro da Boeing denunciou à Agência de Aviação Americana problemas de fabricação no 787.

“Existe uma possibilidade de ser um vício de projeto de avião, principalmente quando você está trabalhando com um avião que tem várias tecnologias inéditas, elas podem trazer, e trazem em geral, problemas inéditos também. Então esse é o grande risco”, disse.

Hoje, as ações da fabricante Boeing caíram nas principais bolsas comerciais do mundo. A empresa tem um histórico de problemas com segurança, principalmente com o modelo 727 Max, que se envolveu em dois acidentes, em 2018 e 2019, que deixaram mais de 300 mortos. A Boeing assumiu a culpa e pagou uma multa de mais de US$ 1 bilhão.

Fonte: Band.
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