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Casal com deficiência revela rotina sexual e surpreende: "4 a 5 vezes por semana"

O palco do Melhor da Noite recebeu Laila e Luciano, um casal de pessoas com deficiência (PCD), para um debate franco e descontraído sobre amor, convivência e sexualidade. Durante a conversa com Pâmela Lucciola e Felipeh Campos, os influenciadores digitais quebraram tabus, detalharam a rotina a dois e surpreenderam ao revelar uma frequência intensa na vida íntima.

Juntos há um ano e oito meses e casados há onze, o casal se conheceu pela internet. Laila, que teve uma lesão medular, mora em São Paulo, enquanto Luciano, que nasceu com deficiência física, vivia no Ceará. Segundo ele, a paixão foi tamanha que ele se mudou para a capital paulista "sem saber de nada", apenas para encontrá-la.

Além de compartilharem a vida amorosa, eles produzem conteúdo para as redes sociais mostrando o dia a dia da casa, onde dividem as tarefas igualmente. “É feito tudo 50-50. Eu faço metade e o Luciano faz outra metade”, explicou Laila, mostrando que a deficiência não impede a autonomia do casal.

Vida íntima ativa e sem tabus

O ponto alto da entrevista foi a discussão aberta sobre a sexualidade de pessoas com deficiência, um tema ainda cercado de preconceitos. Ao serem questionados por Felipeh Campos sobre a frequência das relações sexuais, a resposta foi direta.

“Quatro, cinco [vezes por semana]. Dificilmente a gente não se procura, a gente sempre está ali se procurando”, revelou o casal, arrancando aplausos da plateia e elogios dos apresentadores.

Sobre a primeira vez, Laila confessou que estava nervosa e não conseguia relaxar, mas Luciano garantiu que se lembra de tudo com detalhes. Ele contou que, no dia, avisou a esposa com bom humor e confiança: “Mulher, te prepara que hoje eu vou te pegar. Eu esperei tanto por esse momento”.

A importância das adaptações

Para aprofundar o tema, o programa contou com a participação da sexóloga Ana Canosa. A especialista ressaltou a importância de visibilizar casais como Laila e Luciano para provar que a sexualidade pode ser vivida por todas as pessoas, independentemente de condições de saúde ou mobilidade.

Ana explicou que, em casos de lesão medular, a resposta sexual depende da conexão entre o cérebro e os genitais. “Essa mensagem vai e volta. Se você tem um tipo de lesão medular, a depender do índice e do grau, essa resposta pode ser dificultada ou não”, detalhou a sexóloga.

A especialista destacou que adaptações são fundamentais para garantir o prazer e o conforto. Isso inclui desde a altura da cama até o posicionamento do corpo. Segundo Ana, muitas vezes é necessário que a família ou a rede de apoio auxiliem, especialmente no caso de adolescentes ou pessoas com mobilidade reduzida que estão iniciando a vida sexual.

Por fim, a sexóloga fez um alerta importante sobre o conceito de sexo, que vai muito além do ato sexual em si. “A gente tem muito esse mau hábito de associar sexo à penetração. Não necessariamente. A gente faz sexo de outras maneiras, existem muitas práticas e muito contato que também compõem a sexualidade”, concluiu Ana.

Fonte: Band.
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